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RUMO À RESSUREIÇÃO: A QUARESMA COMO CAMINHO DE CONVERSÃO E ENCONTRO COM CRISTO

05.03.2025
Artigos Notícias Liturgia

RUMO À RESSUREIÇÃO: A QUARESMA COMO CAMINHO DE CONVERSÃO E ENCONTRO COM CRISTO

 

Chegamos a mais uma quaresma, um tempo propício para preparação da Páscoa da Ressurreição. Alguns até dizem que esse tempo é como se fosse um “retiro anual” da Igreja, um dos motivos que nos leva a crer nisso é o caráter reflexivo ou penitencial que possui a sua base teológica e o que diz a liturgia: é agora o momento favorável, é agora o dia da salvação.

De fato, ao olharmos para o nosso compromisso assumido no batismo, percebemos que não somos suficientemente fiéis. Tem muita coisa que ainda não “encarnamos”, e hoje em dia tudo não passa de um discurso acerca das coisas, somos mais fiéis às ideias: sabemos o que o Senhor espera de nós, das diversas necessidades da comunidade eclesial em que estamos inseridos, da realidade sociocultural que nos impele cada vez mais a sermos instrumentos de amor e misericórdia. Não tem muita novidade… mas nos falta coragem. Como concretizar, encarnar, tudo isso?

Eis o tempo favorável! Precisamos nos converter, ou seja, mudar a direção, voltar àquilo que é essencialmente o chão da nossa realidade. As cinzas que levamos na cabeça é sinal de nossa fragilidade, mas no sentido de nos levar a realidade, nua e crua. Isso não se faz com gestos previsíveis e mecânicos, tem que passar pelo coração, inclinando o ouvido.

Precisamos rasgar este coração, a penitência não possui uma finalidade em si mesma, os exercícios quaresmais, oração, jejum e esmola, só alcançarão seu efeito se forem genuinamente geradores de uma mudança de rumo, de conversão. Parece óbvio, mas não é. São Francisco de Assis, no seu itinerário, fez das suas quaresmas um exercício de se conformar cada vez mais a Cristo, mas aos poucos foi dilatando o coração.

Nesta quarta-feira de cinzas, somos como que tomados pela mão, e levados, aos poucos – ao longo desses quarenta dias – à direção do Ressuscitado. Vamos experimentando o que significa ser discípulo, confrontando nossas vidas e aquilo que nos acostumamos a ser, com o que Ele quer que sejamos: conformados no seu Amor. Esse é o plano.

Nada mais é necessário para uma boa quaresma: nem apostilas, nem cursos, nem cadernos ou diários desses “coachings católicos”. O itinerário quaresmal, que se confronta com a Palavra de Deus, com a liturgia bem preparada e a convivência fraterna, concretizam os gestos que passam pelo coração.

Deixemos ser conduzidos por Cristo que foi o iniciador de tudo. Ele é o verdadeiro orientador deste “retiro anual”, sejamos criativos, simples e alegres neste itinerário.

 

 

Paz e Bem!

Frei Gabriel Nogueira Alves, OFM.

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