Institucional



04.10.2024

Mensagem do Ministro provincial para a Festa de São Francisco

Caros irmãos e irmãs,

o Senhor vos dê a Paz.

A cada ano podemos nos alegrar e, agradecidos, louvar a Deus por nos ter dado o vigoroso exemplo de santidade de São Francisco de Assis. A ocasião de sua festa nos traz à memória as muitas virtudes que ele descobriu e viveu ao longo de sua existência. Na celebração da Solenidade do Santo de Assis, não nos esqueçamos de dar atenção ao que ele mesmo deixou como alerta “é, pois, uma grande vergonha para nós, servos de Deus, que os santos tenham praticado tais obras e nós querermos receber glória e honra somente por contar e pregar o que eles fizeram” (Ad 6).

Celebrar o dia do santo e renovar o compromisso com a santidade em nós mesmos e nas pessoas a nosso redor. Este deverá ser o sentido da celebração.

Numa das suas Exortações Apostólicas, o Papa Francisco abordou o tema da santidade possível, ou a santidade necessária ao nosso dia a dia. Para esclarecer este tema, há uma historieta bastante conhecida: Conta-se que um homem estava morrendo e começou a pedir a chave do Céu. Trouxeram imagens dos seus santos de devoção, trouxeram uma Bíblia, trouxeram uma vela… e ele continuava pedindo a chave do Céu. Até que, enfim, alguém se lembrou que, durante os muitos anos da sua vida, aquele homem tinha sido alfaiate. Foi, então, que lhe trouxeram a tesoura e a agulha com a linha. Nesta hora ele estreitou sobre o peito os instrumentos que, diariamente, fizeram parte do seu trabalho e foram sinais de dedicação e cuidado. A partir daí ele serenou-se e morreu em paz.

Ainda que os hagiógrafos tenham multiplicado os milagres de São Francisco, sabemos que o caminho de santidade que ele escolheu não se baseou em atitudes extraordinárias; ao contrário, ele preferiu o caminho das coisas pequenas, insignificantes e até desprezíveis. Ao invés da glória reservada aos vitoriosos guerreiros, escolheu o serviço e a convivência com os leprosos; ao invés de roupas adornadas e coloridas, escolheu a simplicidade monocromática das vestimentas dos pobres; ao invés dos privilégios dos superiores, escolheu a submissão ao noviço da primeira hora…

Santidade possível, santidade necessária, santidade ao alcance das nossas débeis mãos.

Santidade a ser buscada a partir da vida diária das nossas fraternidades. Aqui cabe um alerta feito pelo Papa Francisco: “O santo não gasta as suas energias a lamentar-se dos erros alheios, é capaz de guardar silêncio sobre os defeitos dos seus irmãos e evita a violência verbal que destrói e maltrata, porque não se julga digno de ser duro com os outros, mas os considera superiores a si próprio”.

Santidade possível, santidade necessária, santidade que dá qualidade à nossa convivência.

Além dos exemplos de São Francisco que nos estimulam a buscar a santidade na simplicidade do dia a dia e também na vida em fraternidade, há muito o que com aprender na dedicação à missão. Sua predileção pelos pobres, seu desejo de apostolado que o fez itinerante, a escolha por palavras simples e gestos concretos, garantiam credibilidade à sua pregação. O compromisso com o Evangelho e com as escolhas de Jesus alcançaram-lhe distinção. Sua oração intensa o fez experimentar a intimidade com o Senhor.

Santidade possível, santidade necessária, santidade que garante fecundidade às sementes do Evangelho.

São Francisco inaugurou o caminho. Sem temor, com determinação e confiança, sigamos seus passos.

Boas festas.

Paz e Bem.

 Ministro provincial , Frei Paulo Roberto Pereira

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