Institucional

18º Domingo do Tempo Comum

26.07.2021
Liturgia

18º Domingo do Tempo Comum

Oração: “Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vossos filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada”.

Primeira leitura: Ex 16,2-4.12-15
Eu farei chover para vós o pão do céu.

O livro do Êxodo ocupa-se da libertação dos hebreus do Egito (Ez 1–15), descreve as dificuldades da caminhada do povo no deserto (Ex 15,24–18,27); por fim, aos pés do monte Sinai, fala como Deus escolhe Israel como seu povo, faz aliança com ele e estipula as leis que deve observar (Ex 19–40). Na caminhada pelo deserto Deus testa a fidelidade de seu povo eleito. O deserto, por um lado, é visto como o tempo ideal das relações de Deus com Israel (cf. Os 11,1-4; 2,16-17; Jr 2,1-3). Por outro lado, o deserto é o lugar das tentações e murmurações onde a fé é provada.

No texto que ouvimos a reclamação se dirige contra Moisés e Aarão, no entanto põe em dúvida a bondade do projeto divino de libertação. O povo acusa Moisés e Aarão de os terem enganado. Em vez da “terra onde corre leite e mel” (Ex 3,8) encontraram apenas um deserto inóspito, “um lugar terrível, cheio de escorpiões e de serpentes venenosas” (Dt 8,15). Moisés e Aarão se defendem dizendo que o projeto de libertação não é deles, é de Deus. Quando Deus atender às reclamações do povo, providenciando carne e pão, todos saberão que foi o Senhor que os libertou do Egito. E assim aconteceu: De tarde um bando de codornas pousou em torno do acampamento e pela manhã o povo encontrou “uma coisa miúda”, provavelmente resina de tamareira, de alto valor nutritivo. “Este é pão que o Senhor vos deu como alimento” – explica Moisés. A tradição posterior refere-se ao maná como o pão descido do céu (Sl 105,40). No evangelho de hoje Jesus se apresenta como o verdadeiro pão do céu, enviado pelo Pai para dar vida ao mundo. Os hebreus no deserto duvidaram do plano divino de libertação. Jesus, porém, vence as tentações porque confia no Pai: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).

Salmo responsorial: Sl 72

O Senhor deu a comer o pão do céu.

Segunda leitura: Ef 4,17.20-24
Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus.

A comunidade de Éfeso era formada, sobretudo, por pagãos convertidos. Paulo lhes lembra a necessidade de uma mudança radical no estilo de vida: precisavam despir o homem velho (pagão) para vestir o homem novo (cristão). Deviam converter-se dos ídolos “para servir ao Deus vivo e verdadeiro” (cf. 1Ts 1,9). O cristão deve aprender de Cristo, que morreu por nós e ressuscitou. Deve ouvir o que dele falam os pregadores, acolher o que lhe é ensinado “porque a verdade está em Jesus”. O cristão deve identificar-se com Cristo, vestindo “o homem novo, criado à imagem de Deus”. Assim o cristão poderá dizer como Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

Aclamação ao Evangelho

O homem não vive somente de pão, mas vive de toda palavra

que sai da boca de Deus, e não só de pão.

Evangelho: Jo 6,24-35
Quem vem a mim não terá mais fome

e quem crê em mim nunca mais terá sede.

O evangelho de hoje explica o significado do “sinal do pão” (domingo passado). Após o milagre da divisão dos pães e peixes Jesus, o povo queria proclamá-lo rei. Jesus, porém, retirou-se para estar a sós na montanha e os discípulos se dirigiram de barco para Cafarnaum. A noite já ia adiantada quando Jesus, para o espanto dos discípulos, alcançou-os, caminhando sobre as águas agitadas.

Ao encontrá-lo na cidade, os judeus se admiram que tenha partido sem que o percebessem. Jesus responde que eles o procuram apenas porque comeram pão e ficaram satisfeitos e não porque entenderam o sinal da divisão do pão. Não deveriam procurá-lo por causa de um alimento perecível, mas “pelo alimento que permanece até a vida eterna” e que Ele, o Filho do Homem, lhes poderia dar. A obra que eles deveriam fazer não é apenas observar a Lei, mas crer em Cristo: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Não é Moisés que dá o pão que vem do céu. O maná e a Lei apontam apenas para o verdadeiro pão que vem do Pai; Jesus é o pão que “desce do céu e dá a vida ao mundo”. A samaritana havia pedido a Jesus água viva (Jo 4,15); os judeus pedem o pão que dá vida. E Jesus se apresenta: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

Na celebração da missa, Cristo nos alimenta pela Eucaristia e pela sua Palavra: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus (cf. Dt 8,3: Mt 4,4).

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