Institucional

17º Domingo do Tempo Comum

19.07.2021
Liturgia

17º Domingo do Tempo Comum

Oração: “Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam”.

Primeira leitura: 2Rs 4,42-44
Comerão e ainda sobrará.

O profeta Eliseu era discípulo do grande profeta Elias. Quando Elias, no final de sua missão, foi arrebatado ao céu, Eliseu tornou-se o sucessor e passou a conviver com três grupos de “filhos de profeta”, isto é, seguidores de seu mestre Elias (2Rs 2,1-8). Eram pobres e viviam no meio dos pobres, em tempos de guerra, sofrimento e muita pobreza. Eles ajudavam o povo na luta pela sobrevivência, animando-os a permanecer fiéis ao Deus de Israel e recebiam esmolas para sobreviver. Em tempos de crise e guerras, são sempre os mais pobres que mais sofrem, mas também têm mais facilidade de partilhar os frutos de seu trabalho com seus irmãos do que os ricos. Assim aconteceu com o camponês da primeira leitura deste domingo. Para agradecer a Deus pela boa colheita, ele ofereceu os primeiros pães para a comunidade pobre de Eliseu. Eram vinte pães de cevada (pão dos pobres) e podiam matar a fome dos cinquenta profetas de Eliseu. De repente, vieram mais cinquenta “filhos de profeta” de uma comunidade vizinha, também famintos. E Eliseu mandou servir os pães, primeiro aos visitantes. Um discípulo reclamou com Eliseu e disse: “Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas”? Mas Eliseu insistiu: “Dá ao povo que coma; pois assim diz o Senhor: Comerão e ainda sobrará” (Evangelho). – Os pobres têm muita confiança em Deus e nos ensinam a partilhar (cf. Mt 6,25-34; Lc 12,22-34).

Salmo responsorial: Sl 144

Saciai os vossos filhos, ó Senhor!

Segunda leitura: Ef 4,1-6
Há um só corpo, um só Senhor,

uma só fé, um só batismo.

O apóstolo Paulo escreve esta Carta quando está preso por pregar Jesus Cristo. Mesmo assim continua pregando da prisão por meio de cartas. Considera-se chamado por Deus, assim como os efésios, e os exorta a caminharem firmes na fé em Cristo. O que interessa é viver a fé no amor e na paciência, unidos por meio de Cristo como um único corpo, onde cada membro tem a sua função. Unidos como Cristo, com o Espírito Santo e o Pai. Quando estamos nesta união com a Trindade Santíssima, Deus “reina sobre nós, age por meio de nós e permanece em todos”. 

Aclamação ao Evangelho

   Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou;

            é que Deus seu povo visita, seu povo meu Deus visitou.

Evangelho: Jo 6,1-15
Distribuiu-o aos que estavam sentados, tanto quanto queriam.

A narrativa de Jo 6,1-58 contém um “sinal” (v. 1-15) – a multiplicação/divisão dos pães – seguido de um discurso que explica o significado deste sinal. João não fala de milagres de Jesus, mas de sinais que apontam para um sentido mais profundo. O evangelho deste domingo nos conta apenas o sinal. Jesus vai para o outro lado do Mar (lago) de Tiberíades e o povo o segue pela margem, por causa das curas que Ele fazia. Jesus está sentado num monte com os discípulos e vê uma grande multidão, vindo ao seu encontro. Era um povo sedento dos ensinamentos de Jesus, mas também, cansado e faminto. Dois discípulos entram em cena. Jesus sabia o que ia e devia fazer, e provoca a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer”? – Filipe é o único discípulo que Jesus chamou pessoalmente (Jo 1,43-44) –. Quando Jesus vê a multidão e pergunta como dar de comer a essa gente, está perguntando e provando a mim e a você. Filipe calculou e disse: “Nem duzentas moedas de prata (mais de seis meses do ganho de um diarista!) bastariam para dar um pedaço de pão para cada um”. Nisso, André informou: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” – Jesus mandou todo mundo sentar-se na grama, pegou os pães e os peixes que o menino oferecia, agradeceu a Deus e começou a distribuir aos que estavam sentados, “tanto quanto queriam”, e fez o mesmo com os peixes. Eram cinco mil homens que comeram, sem contar mulheres e crianças. Vendo isso, o povo dizia que Jesus era o Profeta esperado (primeira leitura) e logo queriam proclamar Jesus com rei; mas ele se retirou.

O que você faria se Jesus lhe perguntasse: “Onde vamos comprar pão para que eles (a multidão) possam comer?” Iria fazer cálculos, como Filipe, para saber quanto dinheiro seria preciso para comprar o pão? Ou, como André, procuraria alguém que tivesse pão? Ou faria como o menino que apresentou a Jesus cinco pães e dois peixes? Jesus não veio para resolver sozinho o problema do pão, como pensava o povo, querendo proclamá-lo como rei. Jesus nos ensina a ver o problema do pão com os olhos de Deus. Provoca-nos a buscar a solução juntos, em comunidade; por isso diz “onde vamos comprar pão”. Filipe colaborou do seu jeito, calculando quando dinheiro seria necessário, mas ninguém tinha esse dinheiro. André procurou pão entre o povo e encontrou o pobre menino com cinco pães e dois peixinhos, mas achava que com isso seria impossível saciar a fome de tanta gente. O menino, na sua inocência, apresentou os pães a Jesus e Jesus os dividiu, todos comeram e ainda sobraram doze cestas cheias dos restos que sobraram. A proposta de Jesus é a partilha do pão. Esse é o milagre que juntos podemos fazer.

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