Institucional

15º Domingo do Tempo Comum

05.07.2021
Liturgia

15º Domingo do Tempo Comum

 Oração: “Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo que é digno desse nome”.

Primeira leitura: Am 7,12-15
Vai profetizar para meu povo.

Hoje ouvimos o relato biográfico da vocação do profeta Amós. Amós era um pastor de Técua, uma localidade no reino de Judá, 20km ao sul de Jerusalém. Como pastor, Amós circulava pelo reino de Judá e também no reino de Israel em busca de pastagens. Frequentava o templo de Jerusalém e o santuário de Betel, em Israel, próximo à fronteira de Judá, onde podia participar do culto e vender suas ovelhas. Nas suas andanças, Amós percebeu a gravidade da violação dos direitos humanos básicos, praticada pelos que detinham o poder político e religioso. Sentiu que Deus o chamava para ser seu profeta (3,8): “Um leão rugiu, quem não temerá? O Senhor Deus falou, quem não profetizará?” As práticas cultuais – dizia – eram uma mentira (4,4-5; 5,4-6.21s). Deus não se agradava das festas religiosas, dos sacrifícios, da música e dos cantos sem a prática da justiça. Antes preferia ver “o direito correndo como água e a justiça como rio caudaloso” (5,21-25). Preocupado com as críticas de Amós, o sacerdote Amasias de Betel denunciou-o junto ao rei como conspirador: “O país já não pode suportar todas as suas palavras”. Pior ainda, Amós anunciava que o rei morreria na guerra e o povo de Israel seria deportado “para longe de sua terra” (7,10-11). Por outro lado, para evitar que o rei mandasse matar Amós, expulsou-o do santuário de Betel. Amasias proibiu Amós de falar em Betel porque era o santuário do rei e não devia usar este púlpito para fazer ameaças contra o reino de Israel, ganhando ali o seu pão. O profeta não devia intrometer-se na política do Estado. Amós respondeu-lhe que não falava ali para ganhar seu sustento. Para isso tinha duas profissões, era pastor e agricultor. Foi Deus que o tirou do cuidado das ovelhas para falar em seu nome ao povo de Israel. Amós, como profeta, era o porta-voz de Deus para o povo. Era também a voz do povo injustiçado junto às autoridades. Era ainda o porta-voz do povo junto a Deus: era solidário com o povo sofredor e por ele suplicava (7,1-6).

Salmo responsorial: Sl 84

      Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade,

      e a vossa salvação nos concedei!

Segunda leitura: Ef 1,3-14
Em Cristo, ele nos escolheu antes da fundação do mundo.

O início da Carta aos Efésios começa com um hino de louvor, que resume a história de nossa salvação. É uma “bênção” dirigida a Deus (“Bendito seja Deus…”) e uma bênção recebida “do seu Espírito, em virtude de nossa união com Cristo”. Trata-se de uma meditação com o tema “Deus em Cristo e nós em Deus”. Os motivos desta “bendição” são nossa eleição e predestinação em Cristo desde toda a eternidade, a redenção pelo sangue de Jesus, a adoção como filhos de Deus em Cristo, o perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo.

Aclamação ao Evangelho: Ef 1,17-18

Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o Espírito;

conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou como herança.

Evangelho: Mc 6,7-13
Começou a enviá-los.

Segundo Marcos, depois de expulso da sinagoga (14º domingo), Jesus nunca mais voltou a pregar em sinagogas. Jesus ganha agora o espaço público, as ruelas e praças das aldeias. Jesus já havia escolhido os Doze “para ficarem em sua companhia e para enviá-los a pregar” (Mc 3,14). Mas, na realidade, não os enviou logo em missão. Eram ainda aprendizes. Faltava-lhes qualificação para pregarem ao povo. Agora que Jesus não entra mais numa sinagoga para pregar e os discípulos estão mais bem preparados, “começa a enviá-los dois a dois”. Recebem a missão de pregar a todos a conversão, preparando-os para boa-nova do Reino de Deus. A pregação é confirmada com o poder de expulsar demônios e curar os “doentes, ungindo-os com óleo”. Devem fazer o que Jesus fazia. Mas Jesus os previne sobre as dificuldades da missão: Deviam levar apenas um cajado de peregrino e sandálias nos pés, para enfrentar as longas caminhadas. Se Jesus não foi bem recebido em Nazaré, o mesmo poderia acontecer com eles.

O Papa Francisco nos pede que sejamos uma Igreja em saída; que saiamos do aconchego de nossas comunidades para estarmos mais junto do povo sofredor, a fim de curar suas feridas, as do corpo e as da alma. O apelo do Papa dirige-se não só aos sacerdotes, mas também para os religiosos e leigos. Todos somos Igreja em saída.

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