Institucional

6º Domingo da Páscoa 

08.05.2021
Liturgia

6º Domingo da Páscoa 

Oração: “Deus todo-poderoso, dai-nos celebrar com fervor estes dias de júbilo em honra do Cristo Ressuscitado, para que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que celebramos”.

Primeira leitura: At 10,25-26.34-35.44-48
O dom do Espírito Santo

também foi derramado sobre os pagãos.

Nos Atos dos Apóstolos, Lucas descreve como o Evangelho foi anunciado depois de Pentecostes, primeiro aos judeus (At 2). Depois, o diácono Estêvão começa a pregar o evangelho aos judeus de língua grega e é apedrejado na presença de Paulo (At 6–7). Em seguida, o diácono Filipe prega aos samaritanos, separados do judaísmo oficial, e ao camareiro etíope, um pagão simpatizante do judaísmo (At 8). Domingo passado, Lucas nos falava de Paulo, que antes havia apoiado o apedrejamento de S. Estêvão, mas tornou-se um convertido à fé cristã. Depois que Barnabé o apresentou aos apóstolos, Paulo começou a pregar em Jerusalém aos judeus de língua grega (At 9).

Na leitura de hoje, porém, Lucas quer mostrar que a iniciativa de Paulo, ao pregar o evangelho aos judeus de língua grega e aos pagãos, teve o apoio dos apóstolos e do próprio Pedro, chefe dos apóstolos. Levado pelo Espírito Santo, Pedro começou a pregar a fé em Cristo Ressuscitado aos pagãos. Quando é acolhido pelo comandante romano, Cornélio, Pedro conta-lhe a visão que teve em Jope. Cornélio, por sua vez, explica que o havia chamado para conhecer melhor a Jesus Cristo. Pedro, então, reconhece que “Deus não faz distinção de pessoas”, mas acolhe qualquer pessoa de qualquer nação, que teme a Deus e pratica a justiça. Enquanto Pedro falava, o Espírito Santo desceu sobre todos os ouvintes, assim como havia acontecido no Cenáculo no dia de Pentecostes. Ao ver o fenômeno, os judeu-cristãos que o acompanhavam ficaram perplexos e Pedro mandou que a família toda fosse batizada em nome de Jesus Cristo. Não havia como não serem batizados, pois o próprio Espírito Santo já havia sido derramado sobre eles. O espanto dos acompanhantes foi motivo de crítica em Jerusalém à iniciativa de Pedro, e ele teve que se explicar aos judeu-cristãos de Jerusalém (cf. At 10–11). Lucas dá amplo espaço a esta narrativa, pela importância que o evento teve ao abrir uma nova fase para a difusão do cristianismo entre os pagãos. Com essa nova abertura ao mundo grego, aos poucos vai se concretizando o plano traçado por Jesus Ressuscitado, antes de sua Ascensão ao céu: “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, até os confins da terra” (At 1,8). A missão de pregar aos pagãos foi confiada depois pela Igreja ao apóstolo Paulo (cf. At 13,1-3).

Uma Igreja em saída é a novidade que o Espírito Santo nos propõe pelo Papa Francisco.

Salmo responsorial: Sal 97

O Senhor fez conhecer a salvação

e revelou sua justiça às nações.

Segunda leitura: 1Jo 4,7-10
Deus é amor.

A primeira Carta de João, desde o início, é perpassada pelo tema do amor. Também o trecho que acabamos de ouvir é marcado pelo mesmo tema. Em apenas quatro versículos, as palavras “amar” ou “amor” aparecem dez vezes. O próprio Apóstolo João dirige-se aos irmãos de fé com palavras carinhosas, como “filhinhos”, “caríssimos” – isto é, muito amados. A comunhão de amor entre os cristãos expressa a comunhão de amor entre o Pai e seu Filho Jesus Cristo. Somente quando vivemos o amor fraterno entre nós, podemos dizer que conhecemos a Deus e dele nascemos. Assim nos tornamos seus filhos, “pois Deus é amor”. Não fomos nós que tomamos a iniciativa deste diálogo de amor. Foi Deus, a fonte do Amor, quem nos amou por primeiro, “enviando seu Filho único ao mundo para que tenhamos vida por meio dele”. Para receber esta vida o Filho único de Deus entregou sua própria vida por nós, morrendo “pelos nossos pecados”.

Aclamação ao Evangelho

Quem me ama realmente guardará minha palavra,

e meu Pai o amará, e a ele nós viremos.

Evangelho: Jo 15,9-17
Ninguém tem maior amor

do que aquele que dá a vida pelos amigos.

O evangelho que ouvimos é uma explicitação da alegoria da videira e seus ramos, meditada no domingo passado. Antes Jesus dizia: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós”; somente assim poderemos produzir os frutos que Deus de nós espera. Hoje, nos é explicado o que significa este “permanecer” em Cristo e produzir fruto. É a nossa ligação contínua a Cristo e ao Pai pelo amor: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor”. O amor recebido do Pai por meio de Jesus Cristo e simbolizado pela relação agricultor-videira-ramos, não é uma conquista nossa, mas uma livre escolha e dom de Deus, que nos amou primeiro: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi… para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça”. Jesus está se despedindo dos discípulos, após a última ceia; por isso podemos pedir o que quisermos e nos será concedido. Jesus, porém, nos deixa o mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Esta é a condição para que nossa oração seja atenda.

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