Institucional

4º Domingo da Páscoa

19.04.2021
Liturgia

4º Domingo da Páscoa

Oração: “Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor”.


1. Primeira leitura: At 4,8-12
Em nenhum outro há salvação.

No domingo passado foi apresentada a narrativa do paralítico curado em nome de Jesus Cristo, por intermédio dos apóstolos Pedro e João. Pedro, em seu discurso, acusava o povo e as autoridades em geral, dizendo: “Vós matastes o Autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos”. Pedia, então, a conversão e anunciava o perdão dos pecados. Em consequência destes acontecimentos aumentava o número de cristãos; por isso, Pedro e João são conduzidos ao Sinédrio para serem interrogados pelos sumos sacerdotes: “Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?” Pedro explica que foi em nome de Jesus que o paralítico foi curado e renova a acusação – “aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos”. Ele o faz diante do Sinédrio, o supremo tribunal dos judeus que condenou Jesus à morte. E, citando o Sl 118,22, afirma que, ao ressuscitar Jesus de entre os mortos, Deus o transformou em pedra de salvação para toda a humanidade. Não é mais a Lei, mas Jesus é que salva. 

Salmo responsorial: Sl 117
    A pedra que os pedreiros rejeitaram,
tornou-se agora a pedra angular.


2. Segunda leitura: 1Jo 3,1-2
Veremos a Deus tal como ele é.

O autor desta Carta aprofunda o que se diz no evangelho de hoje: ao entregar sua vida por nossa salvação, o Filho de Deus nos comunica a vida do próprio Deus. Deus não apenas nos criou à sua imagem e semelhança, mas, assumindo nossa humanidade e dando sua vida por nós, nos introduz no mistério da vida divina. O autor da Carta fica maravilhado somente ao pensar no inaudito presente do amor de Deus: não somos apenas chamados filhos de Deus, mas o somos de fato! Essa dignidade ainda não se manifestou. Mas quando Jesus se manifestar no fim dos tempos, “seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”. Seremos plenamente o que Deus planejou ao criar a humanidade à sua imagem e semelhança: seremos filhos e filhas de Deus, em seu Filho Unigênito. É como diz São Paulo: “Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais penetrou no coração humano o que Deus preparou para os que o amam” (1Cor 2,9).

Aclamação ao Evangelho
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor;
eu conheço minhas ovelhas e elas me conhecem a mim.


3. Evangelho: Jo 10,11-18
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.

Cada ano do ciclo litúrgico (anos A, B, C) medita-se uma parte da alegoria do Bom Pastor de Jo 10. No ano A meditamos a primeira parte (v. 1-10), onde aparecem duas imagens: a) a porta do curral, pela qual entra o verdadeiro pastor, enquanto o falso pastor pula o muro para roubar as ovelhas; b) Jesus é identificado com a porta, isto é, a única entrada que dá acesso ao Pai (salvação). A porta significa liberdade para as ovelhas, guiadas por seu pastor, saírem em busca de água e pastagens. Significa também segurança e vida plena, quando o pastor as recolhe ao curral. O evangelho do 4º domingo da Páscoa do ano A conclui-se com a frase: “Eu vim para tenham vida e a tenham em abundância” (v. 10).
No evangelho de hoje Jesus se identifica com o bom pastor. Ao contrário do mercenário, que na hora do perigo procura salvar sua vida sem se importar com as ovelhas que não são suas, Jesus dá sua própria vida pelas suas ovelhas, para que todos (v. 16) a tenham em abundância. Esta vida em abundância é o próprio Jesus. De fato, ele deu sua vida por nós na cruz. Ele não entrega apenas sua vida física; mas, ao perder sua vida por nós, comunica-nos a vida do próprio Deus. Essa doação da vida, por nós e para nós, é fruto da livre decisão do amor de Deus: “Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho o poder de entregá-la e (...) de recebê-la novamente” (10,17).
O que Jesus diz de si mesmo, vale também para o discípulo: “Quem ama sua vida vai perdê-la; mas quem não se apega à sua vida neste mundo vai guardá-la para a vida eterna” (Jo 12,25; cf. Mc 8,35). Esse amor de Deus recebido por nós, “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5), é que nos introduz no mistério do amor do próprio Deus: “Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai” (Jo 10,14-15).

Frei Ludovico Garmus, ofm

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