Institucional

Batismo do Senhor

08.01.2021
Liturgia

Batismo do Senhor

Oração: “Deus eterno e todo-poderoso, que, sendo o Cristo batizado no Jordão, e pairando sobre ele o Espírito Santo, o declarastes solenemente vosso Filho, concedei aos vossos filhos adotivos, renascidos da água e do Espírito Santo, perseverar constantemente em vosso amor”.


1. Primeira leitura: Is 42,1-4.6-7
Eis o meu servo: nele se compraz minh’alma.

Para a primeira leitura da festa do Batismo do Senhor foi escolhido o primeiro Cântico do Servo do Senhor do II Isaías (40–55). O profeta fala em nome do Senhor: “Eis meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito –, nele se compraz a minha alma”. Deus põe sobre o servo o seu espírito, para cumprir uma missão universal: “o julgamento das nações”. O servo é um ungido pelo espírito do Senhor. Ele não anunciará um julgamento punitivo para seu povo, pois os exilados pagaram em dobro pelos seus crimes (Is 40,2). O julgamento das nações visa salvar o povo eleito. O servo virá com a mansidão de um pastor para cuidar de suas ovelhas, sobretudo, das mais fracas: Não quebrará a cana rachada, nem apagará o pavio que ainda fumega; não descansará enquanto não estabelecer os seus ensinamentos e a justiça na terra. O servo é escolhido a dedo – “eu te tomei pela mão”. Por fim, o servo recebe uma missão: abrir os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrá-los do cárcere. O Servo Sofredor é alguém que se compadece dos injustiçados e sofre com eles. Depois de batizado por João, Jesus se identifica com o Servo de Deus quando apresenta sua missão na sinagoga de Nazaré (Lc 4,16-22).

Salmo responsorial: Sl 28
Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo!


2. Segunda leitura: At 10,34-38
Foi ungido por Deus com o Espírito Santo.

A pedido de Cornélio, comandante de um batalhão romano, Pedro foi a Cesareia Marítima para falar sobre Jesus. Cornélio queria conhecer melhor quem era Jesus de Nazaré. Sabia que Jesus tinha sido condenado à morte por Pilatos, mas agora diziam que Jesus havia ressuscitado dos mortos. Até então Pedro pregava o Evangelho apenas para os judeus. Relutava em aceitar o convite de uma família pagã. Mas, na véspera da vinda dos mensageiros de Cornélio foi convencido por uma visão celeste a aceitar o convite (cf. At 10,1-33). Pedro foi muito bem acolhido pela família Cornélio e ambos falaram das visões que tiveram. Pedro começou, então, a falar de Jesus. Enquanto falava, viu o Espírito Santo manifestar-se sobre a família reunida, como acontecera com os apóstolos em Pentecostes. Então ele disse: “De fato, estou compreendendo que Deus não faz distinção de pessoas”. Reconhece que os pagãos não precisam tornar-se judeus para, só então, serem batizados. Pois, quem pratica a justiça e teme a Deus é bem acolhido por Ele. Como Cornélio já conhecia bastante sobre Jesus, Pedro apenas diz: “Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, começando pela Galileia, depois do batismo pregado por João” (v. 37). O primeiro anúncio dos apóstolos (querigma) resumia-se à fé em Jesus como o Messias, ungido por Deus pelo Espírito Santo e com poder. Pedro resume em poucas palavras o poder do Espírito Santo que agia em Jesus: Ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele. Pedro fez o melhor elogio de Jesus, Filho de Deus, que passou por este mundo só fazendo o bem. Jesus é a mais bela manifestação do amor misericordioso de Deus.
Fazer o bem é a missão de todos os batizados.

Aclamação ao Evangelho: Mc 9,6
Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai:
Eis meu Filho muito amado; escutai-o, todos vós!


3. Evangelho: Mc 1,7-11
Tu és meu Filho amado; em ti ponho meu bem-querer.

O evangelho de Marcos não fala da infância de João Batista e de Jesus, como Mateus e Lucas. É o mais antigo e o mais curto dos evangelhos. Dá pouca atenção à atividade de João Batista e tem pressa em falar de Jesus. Nos dezesseis capítulos de seu evangelho ocorre trinta vezes a palavra “logo”.
O texto de hoje divide-se em duas partes: o testemunho de João sobre Jesus (v. 7-8) e o batismo de Jesus (v.10-11). João apresenta-se como a “voz que clama no deserto”, pregando um batismo de conversão, para o perdão dos pecados (v. 4). João dizia ao povo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu”. Não se considerava digno de ser seu discípulo, nem de desatar suas sandálias. João Batista prepara o caminho do “mais forte”, a nível humano, pregando o batismo de conversão. A voz que clama no deserto chegou até Nazaré e Jesus dirigiu-se ao rio Jordão, onde foi batizado por João.
O mais importante acontece quando Jesus sai da água e vê o céu se abrir (“rasgar-se”), e o Espírito descer sobre ele, como se fosse uma pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho, em ti ponho todo meu bem-querer”. A voz do céu chamando Jesus “meu Filho” e o Espírito que pousa em forma de pomba são sinais de que Jesus é o Eleito, o Ungido do Senhor. Ele é o Messias esperado. O “céu se abrindo” indica que o segredo de Jesus vai se revelando aos poucos. Ao longo do evangelho, Jesus vai revelar-se como Messias, Servo sofredor. Quando morre na cruz, a cortina do Santuário “se rasga” de alto abaixo e o oficial romano exclama: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus” (Mc 15,37-39).

Frei Ludovico Garmus, ofm

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