Institucional

Natal do Senhor

21.12.2020
Liturgia

Natal do Senhor

 Oração: “Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade”.


1. Primeira leitura: Is 52,7-10
Todos os confins da terra hão de ver
a salvação que vem do nosso Deus.

Os reis de Israel e de Judá não conseguiram trazer a salvação ao povo. Em consequência, o reino de Israel foi destruído pelos assírios e boa parte de sua população, levada para o exílio, ao norte da Assíria (772 a.C.). O mesmo aconteceu entre 597 e 585 a.C., com o reino de Judá, cuja população foi levada ao exílio pelo novo dominador, o rei de Babilônia. Os profetas Jeremias, Ezequiel e os autores deuteronomistas interpretam o dramático fim dos reinos de Israel e de Judá, como punição divina pelas infidelidades e crimes cometidos, sobretudo, pelos governantes dos dois reinos. Passada uma geração no exílio, os discípulos do profeta Isaías, à luz da fé em Javé, Deus de Israel e de Judá, leem os novos acontecimentos políticos de seu tempo: O domínio dos babilônios agonizava e um novo domínio surgia, o do Império persa. Estes profetas erguem então sua voz, em meio ao desânimo dos exilados, e levantam a bandeira da esperança. Agora, nosso Deus vai pôr um fim à dominação de Babilônia. Ciro, rei dos persas, será o instrumento nas mãos de Deus para punir os cruéis babilônios e executar o seu plano de salvação. Deus mesmo vai consolar o seu povo sofredor. Vai trazer seu povo de volta à sua terra e as ruínas de Jerusalém serão reconstruídas. Então, todas as nações saberão que “a salvação vem do nosso Deus”.

Salmo responsorial: Sl 97
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.


2. Segunda leitura: Hb 1,1-6
Deus falou-nos por meio de seu Filho.

Na revelação cristã, Deus não é um ser solitário. Deus é comunhão de três pessoas: Pai, filho e Espírito santo. Deus é Amor. É Amor que se comunica “dentro de si” mesmo. Deus é Amor que se expande para “fora” de si mesmo, enquanto cria o universo, cria todos os seres vivos de nosso planeta Terra. Cria o ser humano à sua imagem e semelhança, comunica-se com ele e convida-o a entrar na comunhão de seu amor. No passado – diz o autor da Carta aos Hebreus –, Deus se comunicava com seu povo por meio dos profetas. Por meio deles exortava o povo à fidelidade, à conversão e lhe anunciava a salvação. Agora, Deus se comunica conosco por meio de seu Filho, o herdeiro de todas as coisas, o criador do universo e o esplendor de sua glória. Pelo poder de sua palavra sustenta o universo e nos purifica dos pecados. Como filho de Deus, o cristão deve ser o reflexo de Cristo, que é “o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser” (v. 3). Em Jesus Cristo cumpre-se a promessa feita a Davi: “Eu serei para ele um pai, e ele será para mim um filho” (2Sm 7,14). O Filho de Deus, ao assumir no seio da Virgem Maria a “carne” humana, tornou-se nosso irmão. O autor de Hebreus afirma isso muito bem: “Por isso, Jesus não se envergonha de chamá-los de irmãos” (2,11). Que maravilha! Deus que nos criou se fez nosso irmão! Vinde, adoremos!

Aclamação ao Evangelho
Despontou o santo dia para nós:
Ó nações, vinde adorar o Senhor Deus,
porque hoje grande luz brilhou na terra!


3. Evangelho: Jo 1,1-18
A Palavra se fez carne e habitou entre nós.

Deus é Amor, é comunicação. No passado Deus se comunicava com seu povo pelos profetas. Agora se comunica conosco através de seu próprio Filho, a Palavra feita carne. A Palavra, no princípio, estava junto de Deus (v. 1-2), era o próprio Deus, que é amor-comunicação. Deus, que é amor-comunicação, se expande para “fora” de si mesmo como criador do universo. Por Jesus, a Palavra feita carne, tudo foi feito (v. 3) e agora são dadas a graça e a verdade (v. 17). Na Palavra estava a vida e a vida era a luz dos homens, luz que brilha em meio às trevas (v. 4-5).
Ela é a Luz que veio a este mundo. Há os que rejeitaram esta Luz (v. 5.9-11). Mas a nós que cremos e a recebemos, nos é dada a plenitude da graça (v. 16), nos é dado o poder de nos tornarmos filhos de Deus (v. 12). Tudo aconteceu porque a Palavra, o Filho de Deus, “se fez carne e habitou entre nós” (v. 14). Louvemos a nosso Deus que assumiu a fragilidade de nossa carne, para fazer de nós seus filhos e filhas, e em nós a sua morada!

Frei Ludovico Garmus, ofm

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