Institucional

30º Domingo do Tempo Comum

24.10.2020
Liturgia

30º Domingo do Tempo Comum

 Oração: “Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis”.

1. Primeira leitura: Ex 20,20-26
Se fizerdes algum mal à viúva e ao órfão,
Minha cólera se inflamará contra vós.

Após a destruição de Samaria (722 a.C.) e a anexação do Reino do Norte (Israel) pela Assíria, muitos israelitas refugiaram-se em Judá, especialmente, em Jerusalém. Quando Samaria foi destruída, os refugiados do reino de Israel tornaram-se “estrangeiros” em Judá, e passaram a receber a mesma proteção que já recebiam as viúvas e os órfãos. Neste contexto surge a lei que os protege. O motivo para este gesto de solidariedade é que também “vós fostes estrangeiros na terra do Egito”. Tanto em Judá como em Israel havia a crença que Javé (o Senhor) libertou o povo hebreu da escravidão do Egito e fez com eles uma Aliança. O mesmo Deus libertador apresenta-se como o defensor da viúva e do órfão. Por isso quem pertence ao povo da Aliança deve também proteger “o estrangeiro, o órfão e a viúva” (Dt 14,28-29; 16,11-14; 24,19-21). Motivo: “porque sou misericordioso”, isto é, sofre junto com os mais pobres. Jesus dirá: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Jesus coloca o amor ao próximo como a si mesmo como o segundo maior mandamento (Evangelho).

Salmo responsorial: Sl 17 (18)
Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

2. Segunda leitura: 1Ts 1,5c-10
Vós vos convertestes, abandonando os falsos deuses,
Para servir a Deus, esperando o seu Filho.

Paulo se alegra com os cristãos de Tessalônica, que acolheram “a Palavra com a alegria do Espírito Santo”. Abandonaram os falsos deuses e se converteram à mensagem do Evangelho, “para servir o Deus vivo e verdadeiro”. Em meio às perseguições que sofriam, tornaram-se imitadores de Paulo e do próprio Cristo. O que os anima é a fé na ressurreição dos mortos e a esperança na vinda próxima do Senhor. A vivência nesta vida de fé e esperança fez deles um exemplo, conhecido de todos na região. Era uma comunidade fervorosa, um modelo para outras comunidades na difusão do reino de Deus. Acolheram com alegria a Palavra e colocaram-se à serviço de Jesus Cristo e dos irmãos. – Nos tempos difíceis que estamos passando, o texto nos convida a mantermos firme nossa fé e esperança, servindo com amor a Deus e ao próximo.

Aclamação ao Evangelho
Se alguém me ama, guardará a minha palavra,
E meu Pai o amará, e a ele nós viremos.

3. Evangelho: Mt 22,34-40
Amarás o Senhor teu Deus, e ao teu próximo como a ti mesmo.

A pergunta dos fariseus reflete o embaraço que eles mesmos sentiam diante das 248 prescrições e 365 proibições em que especificavam as obrigações da Lei de Moisés. Na resposta Jesus extrai o primeiro e maior mandamento do Xemá Yisrael (“Escuta, Israel”), oração oficial que o judeu devia recitar duas vezes ao dia: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento” (Dt 6,4-5). Jesus responde que este é o maior dos mandamentos, mas o aproxima do segundo maior mandamento, que considera “semelhante ao primeiro”, citando Lv 19,8: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Destes dois grandes mandamentos – diz Jesus – dependem toda a Lei e os profetas. Os dez mandamentos do Catecismo da Igreja Católica também se resumem nos mandamentos do amor a Deus (1º ao 3º mandamento) e do amor ao próximo (4º ao 10º mandamento). Em Mc 12,32-34 um escriba confirma o modo como Jesus resume toda a Lei em dois mandamentos. E o texto paralelo de Lucas termina com a pergunta do fariseu: “E quem é o meu próximo?”, pois em Lv 19,8 o próximo é alguém do próprio povo. E Jesus lhe responde com a parábola do Bom Samaritano: o próximo é aquele de quem eu me aproximo, podendo ser um estrangeiro ou alguém desconhecido, que precisa do meu cuidado.
Mateus, ao dizer “o segundo mandamento é semelhante ao primeiro” equipara os dois mandamentos. Com ele concorda a Primeira Carta de João: “Quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). É uma contradição dizer “eu amo a Deus” se não amar o próximo!

Frei Ludovico Garmus, ofm

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