Institucional

22º Domingo do Tempo Comum

28.08.2020
Liturgia

22º Domingo do Tempo Comum

 Oração: Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes.

1. Primeira leitura: Jr 20,7-9
A palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha.
Jeremias não escolheu ser profeta do Senhor. Foi escolhido por Deus, como ele mesmo conta, desde o ventre materno (1,4-10). Os tempos em que vivia eram difíceis: Após a morte do piedoso rei justo Josias, o reino de Judá teve maus governantes; a sociedade tornou-se injusta e violenta; a religião era ameaçada pela prática da idolatria e pelo sincretismo religioso. A missão que ele recebeu de Deus era bastante negativa: “Dou-te hoje – disse-lhe o Senhor – o poder sobre nações e reinos, para arrancar e destruir, para exterminar e demolir, para construir e plantar”. Seus ouvintes – reis, príncipes do povo, sacerdotes, juízes e pessoas ricas – não gostavam de ouvir suas repreensões e ameaças de castigo, como a invasão estrangeira, a destruição do templo e o exílio. Por isso, até os próprios conterrâneos o odiavam, negavam-lhe até o casamento (11,18-23; 16,1-9); afastavam-se dele e o ameaçavam de morte para fazê-lo calar. O texto que ouvirmos mostra que o profeta tinha vontade de desistir e largar tudo; por isso, ele se desabafa diante de Deus, que o conforta e anima a prosseguir na missão recebida. Ao ser chamado como profeta (Jr 1,4-10), o Senhor lhe tocou a boca e a palavra de Deus tomou conta dele. E agora, quando pensava em desistir de tudo, a palavra tornou-se dentro dele como um fogo devorador, impelindo-o a prosseguir na dura missão. Deus não abandonou seu profeta, como havia prometido: “Não os temas, porque eu estou contigo para proteger-te” (cf. 1,8).

Salmo responsorial: Sl 62
A minha alma tem sede de vós,
como a terra sedenta, ó meu Deus!

2. Segunda leitura: Rm 12,1-2
Oferecei-vos em sacrifício vivo.
Paulo nos convida a viver o Evangelho: Não pensar como o mundo (“ganhar a vida”), mas “perder a vida” por amor a Jesus e de seu Evangelho, oferecendo-a “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”, isto é, colocando-se a serviço do próximo.

Aclamação ao Evangelho: Ef 1,17-18
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o espírito;
conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou, como herança!

3. Evangelho: Mt 16,21-27
Se alguém quer me seguir renuncie a si mesmo.
No domingo passado recordamos Pedro confessando Jesus como Cristo e Filho de Deus. Jesus, então, falava em edificar sua Igreja sobre esta confissão de Pedro e lhe prometia o poder de ligar e desligar as chaves do Reino dos Céus, isto é, confiava-lhe a direção de sua Igreja. Pedro e os apóstolos tinham seus próprios sonhos e expectativas a respeito de Jesus, agora, reconhecido como o Messias esperado. Mas, hoje, Jesus começa a explicar-lhes de que forma ele será o Messias. A viagem que faziam a Jerusalém não terminaria em triunfo, mas em sua rejeição pelos chefes do povo e em sua condenação à morte. Pedro, elogiado no domingo anterior, sente-se no direito de censurar Jesus por ideias tão negativas e assustadoras. Mas Jesus o repreende severamente: “Vai para longe, Satanás”! Não era Pedro que devia guiar Jesus, mas, sim, ele, Pedro, é que devia colocar-se no seguimento do Mestre. Pedro pensava como os homens pensam e não como Deus. Em seguida, Jesus se volta para os discípulos e expõe qual é o pensamento de Deus: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar sua vida, vai perdê-la; mas quem perder sua vida por amor de mim, vai salvá-la”. Marcos e Lucas explicitam que Jesus falava disso a todos, isto é, para as multidões que o seguiam; portanto, também para nós. Quando o evangelho de Mateus foi escrito, após o ano 70, seguir a Jesus significava carregar sua cruz, ou seja, o desprezo, as perseguições e a própria morte [1ª leitura]. Mas a meta final desta viagem a Jerusalém é a ressurreição de Cristo. Assim o é também para todos nós: “Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai... e retribuirá, a cada um, de acordo com a sua conduta”.

Frei Ludovico Garmus, ofm

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