Institucional

Imaculada Conceição de Nossa Senhora

06.12.2019
Liturgia

Imaculada Conceição de Nossa Senhora

 Oração: “Ó Deus, preparastes uma digna habitação para o vosso Filho, pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também de toda culpa por sua materna intercessão”.

Primeira leitura: Gn 3,9-15.20
Porei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a dela.

Deus formou o ser humano do pó da terra (Gn 2,7-8) e colocou-o no jardim que ele mesmo plantou (2,15), para que o cultivasse e guardasse. Havia harmonia do ser humano com Deus, com a terra e os animais, e do homem com a mulher. Deus os criou para viverem na sua amizade, tanto assim que ia “passear” no jardim onde os havia colocado (3,8-10). Este era o projeto de Deus. No entanto, o desejo de um projeto alternativo, independente de Deus, por sugestão da serpente, os levou a comer o fruto proibido. O texto hoje lido fala apenas da punição da serpente. Antes de punir, porém, Deus pergunta por Adão “onde estás”? Adão responde que, ao ouvir a voz de Deus, escondeu-se, porque estava nu. Não se trata da nudez corporal e sim, da limitação do ser humano pecador, diante de Deus. Por isso Deus pergunta: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer”? Adão joga a culpa sobre a mulher que “Deus lhe deu” por companheira. Interrogada, a confessa: “A serpente enganou-me, e eu comi”. A narrativa deixa clara a fragilidade do ser humano, pois até uma criatura inferior foi capaz de enganá-lo. Na sequência, Deus amaldiçoa a serpente, não como criatura sua, mas como o símbolo do mal e da morte. A mensagem desta leitura concentra-se nos dois últimos versos. A descendência de Eva, “a mãe de todos os viventes”, estará em permanente conflito com o mal que leva à morte. A mulher, porém, pisará a cabeça da serpente; esta, por sua vez, tentará picar o calcanhar da mulher e ferir sua descendência.
A leitura cristã deste texto destaca entre os descentes da mulher o grande descendente Jesus Cristo. Ele é o Filho de Deus, nascido da virgem Maria, pelo poder do Espírito Santo.

Salmo responsorial: Sl 97
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!

Segunda leitura: Ef 1,3-6.11-12
Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo.

Em Cristo Deus nos abençoou. Escolheu-nos desde toda a eternidade a sermos seus filhos adotivos santos e irrepreensíveis, para o louvor de sua glória, segundo a decisão de sua vontade (seu projeto). Para realizar este projeto, escolheu Maria como sua mãe. Tornou-a santa e imaculada desde que foi concebida. Antes de criar o mundo, expressão de seu amor, Deus quis que seu Filho Unigênito se encarnasse no seio da Virgem Maria, para unir a si a humanidade pecadora.

Aclamação ao Evangelho
Maria, alegra-te, ó cheia de graça,
o Senhor é contigo.

3. Evangelho: Lc 1,26-38
Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo.

No início de seu evangelho, Lucas fala do anúncio do nascimento de João Batista e, logo em seguida, do anúncio do nascimento de Jesus. Zacarias era um sacerdote, casado com Isabel. Ambos eram idosos e não tinham filhos porque Isabel era estéril. Enquanto Zacarias oferecia incenso no Templo, o anjo do Senhor lhe apareceu e prometeu que, em breve, teriam um filho e seu nome seria João. Por isso, o evangelho de hoje situa a aparição do anjo Gabriel a Maria no 6º mês da gravidez de sua prima Isabel. Maria era prometida em casamento a José, descendente da família de Davi. O anjo saúda Maria como “a cheia de graça”, porque “o Senhor está contigo”. Cheia de graça porque Deus a predestinou (2ª leitura) a ser a mãe de seu Filho Unigênito, o Salvador de humanidade (Lc 2,11). Cheia de graça porque Deus a fez nascer sem pecado. Maria e seu filho Jesus esmagarão a cabeça da serpente, símbolo do mal. Todos que seguem a Cristo recebem a capacidade de vencer o pecado em sua vida (1ª leitura). “O Senhor está contigo” é uma expressão que indica a pessoa chamada por Deus para salvar o seu povo (cf. Ex 3,12; Js 1,5; Jz 6,12; Jr 1,8). O anjo anuncia que Maria será mãe e dará a seu filho o nome de Jesus. Ele será chamado Filho do Altíssimo e receberá o trono do rei Davi. Maria pergunta como acontecerá isso pois ainda não está vivendo com José. E o anjo lhe explica que ela conceberá pelo poder do Espírito Santo, e seu filho será chamado Santo, Filho de Deus. Como sinal de que para Deus nada é impossível, comunica a Maria que sua prima Isabel, considerada estéril, já está no sexto mês de gravidez. E Maria se coloca inteiramente à disposição do plano de Deus, dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. –E assim, se a desobediência de Eva provocou a morte, o sim de Maria gerou a Vida para todos.

Frei Ludovico Garmus, ofm

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