Institucional

Jesus Cristo, Rei do universo, ano C 2019

22.11.2019
Liturgia

Jesus Cristo, Rei do universo, ano C 2019

 Oração: “Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente”.


1. Primeira leitura: 2Sm 5,1-3
Eles ungiram Davi como rei de Israel.

O texto da primeira leitura lembra como Davi se tornou rei de Israel. O primeiro rei de Israel a ser ungido pelo profeta Samuel foi Saul (1Sm 10,1). Quando Saul caiu na desgraça por ter desobedecido às ordens de Deus (1Sm 15,16-23), o profeta Samuel ungiu a Davi como rei de Israel (1Sm 16,12-13). Com a morte de Saul, Davi foi ungido pela tribo de Judá como rei (2Sm 2,4) e, depois, reconhecido como rei também pelas tribos de todo o Israel. Na leitura de hoje são dadas as razões da escolha e unção de Davi como rei:
1º As tribos se apresentam a Davi em Hebron e dizem: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne”, isto é, somos teus irmãos. Reconhecem, portanto, que são parentes;
2º Recordam a decisiva liderança de Davi durante o reinado de Saul nas guerras de libertação contra os filisteus;
3º Reconhecem Davi como o escolhido do Senhor: “Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o nosso chefe”. Davi fez uma aliança com eles, na presença do Senhor, e foi ungido como rei de todo Israel.
Davi foi pastor de ovelhas, antes de se tornar rei. Como pastor conduzia as ovelhas com muito cuidado para as fontes de água e as pastagens. Sabia defender as ovelhas contra animais ferozes ou ladrões. Qualidades importantes para cuidar do bem-estar de seu povo e defendê-lo contra os inimigos.
Hoje celebramos a festa de Cristo, Rei do Universo. Como rei, Jesus apresenta na sinagoga de Nazaré o reinado de Deus e seu plano: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a boa-nova aos pobres...” (Lc 4,18). Fiel ao projeto do Reino de Deus, Jesus morre na cruz, coroado de espinhos (Evangelho).

Salmo responsorial
Quanta alegria e felicidade, vamos à casa do Senhor.


2. Segunda leitura: Cl 1,12-20
Recebeu-nos no reino de seu Filho amado.

Na segunda leitura, o trecho da Carta aos Colossenses começa com uma ação de graças. Na primeira parte (v. 12-14), o Apóstolo reconhece que é do Pai a iniciativa da salvação, descrita como passagem das trevas à luz. “Por meio de seu Filho amado, temos a redenção/salvação e o perdão dos pecados”. O Pai nos tornou capazes de entrar em comunhão com ele, porque fez de nós filhos seus e herdeiros de sua luz. A segunda parte (v. 15-20) é um hino, pleno de encanto e alegria com o primado absoluto de Cristo. No hino, são explanados os motivos da ação de graças a Deus: por meio de Cristo, ele nos fez participantes de sua luz, isto é, de sua divindade; Cristo é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; por causa de Cristo, por meio dele e para ele foram criadas todas as coisas, visíveis e invisíveis; Cristo existe antes de todas as coisas e, portanto, ele é Deus e as sustenta; como Igreja, nós somos o corpo e Cristo é a cabeça (1ª leitura: “somos teus ossos e tua carne”); ele é o primeiro dos ressuscitados.
O motivo deste plano maravilhoso que Deus tem para com toda a humanidade é expresso pela encarnação de seu Filho – “porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude”. Por meio de Cristo, o Pai quis reconciliar consigo não só a humanidade, mas também todos os seres, pelo sangue de sua cruz. Eis porque Cristo é um rei crucificado, coroado de espinhos.

Aclamação ao Evangelho: Mc 11,9.10
É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor;
e o Reino que vem, seja bendito, ao que vem e a seu Reino, o louvor.


2. Evangelho: Lc 23,35-43
Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado.

O evangelho apresenta Jesus crucificado entre dois malfeitores, zombado pelos chefes do povo, pelos soldados romanos e até por um dos malfeitores condenado ao mesmo suplício. As zombarias dos chefes do povo se referem a títulos religiosos, como: “Cristo (Messias) de Deus” e “o Escolhido”. Quando Lucas escrevia seu evangelho estes dois títulos faziam parte da fé cristã: Pedro confessa que Jesus é “o Cristo de Deus” (9,20); na transfiguração de Jesus, uma voz se faz ouvir do meio da nuvem, dizendo: “Este é o meu Filho, o Escolhido, escutai-o” (9,35). Acreditar que Jesus crucificado entre malfeitores era o Messias esperado, era um escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos (1Cor 1,23; At 17,32-33). O motivo da condenação de Jesus pelo tribunal dos judeus (Sinédrio) era o título de “Messias” que lhe davam e o dizer-se “Filho de Deus”. A zombaria dos soldados romanos gira em torno do título “rei dos judeus”. Foi essa a acusação que o Sinédrio apresentou diante de Pilatos, governador romano. Pilatos, depois de interrogar Jesus sobre se era rei dos judeus, ficou convencido de sua inocência. Mesmo assim, forçado pelos chefes, juízes e povo, acabou condenando Jesus ao suplício da cruz, pelo motivo que foi afixado acima de sua cabeça: “Este é o rei dos judeus”. O Messias era o descendente de Davi, esperado como salvador do povo, função atribuída também ao rei. Os chefes dos judeus e os soldados ridicularizavam Jesus, suspenso na cruz, porque era incapaz de salvar o povo: se és o Cristo de Deus, o Escolhido..., se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!
Lucas é o único evangelista a registrar o diálogo dos dois malfeitores com Jesus. Um deles retoma o insulto dos chefes dos judeus: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós”! O outro o repreende, reconhecendo que eles dois estão sofrendo o suplício da cruz porque são culpados, mas Jesus é inocente. E acrescenta: “Jesus, lembra-te de mim, quando chegares ao teu reinado”. Reconhece que Jesus é um rei que salva. Em resposta Jesus lhe diz: “... ainda hoje estarás comigo no Paraíso”, isto é, nos jardins divinos de Jesus Cristo, Rei do Universo.

Frei Ludovico Garmus, OFM

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