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Santíssima Trindade, ano C

11.06.2019
Artigos Liturgia

Santíssima Trindade, ano C

 Oração: “Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito Santo santificador, revelastes vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente”.


1. Primeira leitura: Pr 8,22-31
Antes que a terra fosse feita
a Sabedoria já tinha sido concebida.

No Antigo Testamento temos a ideia de um único Deus, mas não a ideia de um Deus uno e Trino. Mesmo assim, Deus cria o universo pela sua “Palavra” e pelo seu “Espírito” (Gn 1–2; Sl 104,27-30), e fala pela “Sabedoria”. Na primeira leitura é a “Sabedoria de Deus” que fala de Deus criador e de sua origem em Deus. Desde a eternidade foi constituída, “antes das origens da terra” (universo) foi gerada e Deus a “possui”. A sabedoria de Deus acompanha toda a obra da criação. Alegre como uma criança, brinca na presença de Deus, na superfície da terra, entre as criaturas; mas sua maior alegria é “estar com os filhos dos homens”. No livro do Gênese, o Criador alegra-se com a obra da criação, fruto de seu amor: “E Deus viu que era bom”. E, ao falar da criação do ser humano no sexto dia, conclui: “E Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1). Pela Sabedoria, tudo estava preparado para a encarnação do Filho de Deus, que assumiu nossa humanidade e veio morar entre nós. Paulo identifica Cristo com a “força e a sabedoria de Deus” (1Cor 1,23-24). Em Cristo, Sabedoria de Deus, por ele e para ele “foram criadas todas as coisas nos céus e na terra” (cf. Ef 1,16). Na criação, fruto de sua sabedoria divina, Deus se revela a todos os seres humanos, como diz Paulo: “Desde a criação do mundo, o invisível de Deus – o eterno poder e a divindade – torna-se visível à inteligência através de suas obras” (Rm 2,20).
Como me relaciono com as criaturas, com as pessoas criadas pela Sabedoria de Deus? Percebo nelas a presença do Criador? Cuido delas como se fossem parte de nossa “Casa Comum”?

Salmo responsorial: Sl 8
Ó Senhor nosso Deus, como é grande
o vosso nome por todo o universo!


2. Segunda leitura: Rm 5,1-5
A Deus, por Cristo, na caridade difundida pelo Espírito.

O apóstolo Paulo fala dos bens recebidos por quem foi justificado pela fé em Cristo Jesus. Pela fé estamos em paz, reconciliados com Deus, por meio de Jesus Cristo; a reconciliação é o mais precioso dom (cf. Jo 20,19-29). Jesus Cristo morreu por nós e obteve para nós a graça do perdão dos pecados e o dom da fé, plantou em nós a esperança de um dia participar da glória de Deus. Por isso, Paulo se alegra em meio aos sofrimentos, porque fortificam nele a perseverança, que fortalece a esperança e desabrocha no amor de Deus, “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

Aclamação ao Evangelho: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo,
Ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém.


3. Evangelho: Jo 16,12-15
Tudo o que o Pai possui é meu.
O Espírito Santo receberá do que é meu e vo-lo anunciará.

Deus, comunidade de amor:
Pai e Filho e Espírito Santo

Ouvimos, no Domingo da Ascensão, que os discípulos, apesar de Jesus os ter instruído após a ressurreição, ainda não entendiam qual era sua missão. Jesus os enviava a pregar o reino de Deus, e eles perguntavam: “Senhor, é agora que vais instaurar o reino [terrestre] de Israel”? Por isso, no evangelho de hoje Jesus diz: “Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de compreender agora”. O texto do Evangelho nos fala da missão do Espírito Santo: a) conduzir os discípulos à plena verdade, isto é, colocá-los nos passos de Jesus, que é “o caminho, a verdade e a vida” (cf. 14,6); b) ensinar “até as coisas futuras” e recordar tudo o que Jesus falou (cf. 14,26); c) dar a entender que tudo o que Jesus ensinou ele o recebeu do Pai e que, ao concluir sua missão, ele o confiou ao Espírito Santo. Jesus de Nazaré revela o rosto misericordioso de Deus como Pai. Em Cristo Jesus, Deus se revela como Filho e sua presença e ação entre nós continua pela ação do Espírito Santo, o dom maior da Páscoa e de Pentecostes concedido aos discípulos. Deus não é um ser solitário. Deus é comunhão de amor. O Espírito Santo é a força do amor de Deus, presente entre nós: “Eis que estou convosco, todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). É o amor a Deus e ao próximo que nos faz viver na presença de Deus e em comunhão de amor com a Santíssima Trindade: “Se alguém me ama, guarda a minha palavra; meu Pai o amará, viremos a ele e nele faremos morada” (Jo 14,23).

Frei Ludovico Garmus, ofm

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