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5º Domingo da Páscoa - Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros

17.05.2019
Artigos Liturgia

5º Domingo da Páscoa - Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros

Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna”.


1. Primeira leitura: At 14,21b-27
Contaram à comunidade tudo o que Deus fizera por meio deles.

Antes de concluir a primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé tornaram a visitar as comunidades fundadas, para encorajar e exortar seus membros a “permanecer firmes na fé”. E diziam-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.
Os apóstolos sentem-se solidários com os fiéis recém-convertidos ao cristianismo. Mas, o sofrimento, a oposição, o desprezo e a perseguição eram o caminho a ser percorrido para entrar no Reino de Deus. A conversão, muitas vezes, exigia rompimento com a família, com os costumes e vícios pagãos. Para dar solidez às novas igrejas, Paulo e Barnabé “designaram presbíteros para cada comunidade e os confiavam ao Senhor”, com jejuns e orações. Em seguida, voltaram a Antioquia, a fim de prestar contas à comunidade reunida, a respeito do sucesso da missão a eles confiada. Em Antioquia é que eles tinham sido escolhidos pelo Espírito Santo e, depois de um jejum, orações e imposição das mãos, enviados para a missão. Os apóstolos não consideraram como sucesso pessoal os belos frutos da missão, mas “contaram tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos”. O Espírito Santo é a “força” prometida por Jesus para serem testemunhas suas “em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, até os confins da terra” (At 1,8).
É o mesmo Espírito que nos impulsiona, ainda hoje, a anunciar o Evangelho e dar testemunho de nossa fé.

Salmo responsorial: Sl 144
Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu Rei para sempre.


2. Segunda leitura: Ap 21,1-5a
Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos.

A segunda leitura inicia a visão que contêm a última revelação do livro do Apocalipse, recebida pelo vidente. O texto caracteriza-se pela palavra novo/nova, repetida quatro vezes. Ele vê um “novo céu e uma nova terra”. Na concepção bíblica, a expressão “céu e terra” engloba toda a realidade que existe entre estes dois pontos opostos, céu e terra. Indica a totalidade do até então conhecido. A nova realidade substitui a anterior, marcada pelo pecado, pela violência e pela morte, derrotadas pelo Cordeiro. A nova realidade se caracteriza pela ausência do mal e pela presença do bem. A nova Jerusalém desce do céu, isto é, vem de Deus, e está vestida como uma noiva, para celebrar o casamento com o Cordeiro. Uma voz que sai do trono (Deus) explica o que é este casamento: “Esta é a morada de Deus entre os homens” (cf. Ap 7,15: 2ª leitura do 4º Domingo da Páscoa). “Deus vai morar no meio deles”, como já morou em Jesus de Nazaré (cf. Jo 1,14; Mt 1,23). “Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles”. É a imagem da união conjugal que melhor expressa a comunhão de amor entre Deus e o seu povo (cf. Ef 5,21-33). Nesta nova realidade não haverá mais lágrimas, morte, luto nem dor. Será a plena realização do Reino de Deus anunciado por Jesus. Ele, o Cordeiro imolado, agora sentado no trono, é a garantia deste novo céu e nova terra: “Eis que faço novas todas as coisas” (Evangelho).

Aclamação ao Evangelho: Jo 13,34
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis:
Como eu vos tenho amado.


3. Evangelho: Jo 13,31-33a.34-35
Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros.

O Evangelho, no texto de hoje, traz o testamento de Jesus, sua última vontade antes de enfrentar a morte. Jesus se dirige para sua glorificação, pelo caminho da exaltação na cruz. Em vida, Jesus dizia: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (10,11). Durante a última ceia disse: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”. Chegando a hora de mostrar este amor, Jesus nos deixa o mandamento do amor. Fala aos discípulos com a ternura de um pai: “Filhinhos”. Este novo mandamento ultrapassa o mandamento do amor ao próximo como a si mesmo. O mandamento do amor que Jesus deixa aos discípulos é o amor capaz de dar a vida pelos que ama: “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros”. É assim que seremos reconhecidos como discípulos de Jesus.

Frei Ludovico Garmus, ofm

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